quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Temperamento


Muitas pessoas talvez nem tenham ouvido falar de “temperamento”, mas mesmo assim, muitos iniciantes fazem o cálculo naturalmente… são aqueles que dizem e reclamam que “eu tenho pouco ar” ou “eu tenho muita terra”. Mas infelizmente eles não sabem que estão a fazer um cálculo errado.

Mas primeiro um passo atrás… o que é um “temperamento”. Costumamos falar que uma pessoa é “temperamental” quando tem um “mau temperamento”. Mas o temperamento em si não é bom nem mal, tem suas facetas. Uma chave para se entender o significado disso é a carta da Temperança que tem o significado geral de “na medida certa”: é simbolizada por um anjo mesclando as duas jarras para criar uma combinação perfeita.
Temperamento assim, significa mistura, mas mistura do quê? Mistura dos 4 elementos, ou mais especificamente, dos 4 humores relacionados aos elementos, que existem em nosso corpo: cólera - fogo, sangue-ar, bile negra - terra e fleuma - água. Cada um prefere um humor a outro, mas na teoria o melhor seria ter uma combinação perfeita dos 4 humores. Como a maioria de nós não é perfeita, temos mais de um humor que de outro. Assim temos 4 tipos, definidos desde o tio Hipócrates: coléricos, sanguíneos, melancólicos e fleumáticos.
Note a semelhança entre o modelo de Hipócrates e o de Jung e o de 8 em 10 modelos administrativos/ educativos/ picaretivos !

Qual é a diferença básica e rápida entre “temperamento” e “personalidade”. Muita e pouca, depende do ângulo. Pense no temperamento como a “constituição básica”, aquilo que faz o que somos. Com um pouco de prática, você pode descobrir o temperamento da pessoa somente vendo como ela se move, e o formato do corpo. A “personalidade” é um conceito mais elusivo, depende muito da situação: lembre-se que persona significa “máscara” e usamos diversas máscaras ao longo de nossa vida.

Acredito que John Frawley que disse que temperamento é aquilo que as mães aprendem a perceber quando tem o segundo filho. No primeiro, é tudo descoberta, o bebé tem fome, chora, aprende coisas, etc. No segundo filho é que se começa a perceber a diferença constituinte entre as pessoas. Fazendo exactamente as mesmas coisas não temos os mesmos resultados para os dois filhos, apesar do mesmo ambiente e genética. Um tem muito medo de outras crianças, outro automaticamente busca contactos. Um quando cai do brinquedo chora, o outro chuta e tenta partir o brinquedo.

fonte: episthemologie

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